Senador do Amazonas busca reeleição em 2026 em meio a polêmica sobre segurança veicular
O Senado analisa o Projeto de Lei Complementar (PLC) 159/2017, que propõe o retorno da obrigatoriedade do extintor de incêndio em carros de passeio e utilitários. A exigência foi extinta em 2015 por uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), mas pode voltar caso o projeto seja aprovado.
O relator da proposta, senador Eduardo Braga (MDB-AM), deu parecer favorável e defendeu o retorno do equipamento, classificando-o como um item essencial para a segurança veicular. Segundo Braga, há um número significativo de veículos que retornam às oficinas por falhas que podem resultar em incêndios. O parlamentar também rebateu críticas sobre o custo do equipamento:
“Não são R$ 80, num bem com valor de cerca de R$ 80 mil, que vai fazer diferença para o bolso dos proprietários de veículos”, afirmou.
Apesar do apoio do senador, o projeto encontra forte resistência. O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) se posicionou contra a obrigatoriedade, alegando que grande parte dos motoristas não sabe manusear o extintor e que apenas 3% dos incêndios em veículos envolveram o uso do equipamento.
Se aprovado, o projeto prevê multa e retenção do veículo para motoristas que estiverem sem o extintor ou com o equipamento vencido.
A defesa da medida pode impactar a popularidade de Eduardo Braga, que já enfrenta alta rejeição no Amazonas e tentará a reeleição em 2026. O posicionamento sobre o extintor pode se tornar um tema decisivo para sua campanha.
